A Tecelagem Manual é a arte de cruzar fios duma forma ordenada para elaborar um tecido.
Teve início no período Neolítico, nos primórdios da sedentarização do Homem. Começa como cercas, continentes de animais ou outros, passando rapidamente a toscos tecidos feitos com teares de cintura, onde quem tece é parte integrante do tear; uma das formas mais simples de tecer, o corpo amarra-se a um suporte, que pode ser uma árvore, sendo a ligação de ambos feita pela teia.
Tendo como ponto de partida as técnicas tradicionais de tecelagem manual e tapeçaria, sobrevivem com mérito e com projeção internacional alguns núcleos: Mértola, com as suas mantas de lã decoradas com motivos geométricos; Minde, com mantas de trapo e lã, multicoloridas; Beiriz, com os tapetes de lã com técnicas de nós; Almalaguês, com as suas tradicionais colchas de algodão de puxadinhos; Freixo de Espada à Cinta, com a tecelagem em seda e, de momento, com um novo projeto para retomar a criação do bicho da seda e a fiação do fio; Portalegre e as sobejamente conhecidas tapeçarias...
A estas referências “de peso” estão a agregar-se cada vez mais, pequenos núcleos onde se recuperam as tradições e se divulgam estes saberes, vindos das aldeias para as cidades, mas com uma componente criativa e de carácter experimental.